"TODOS SÃO CAPAZES DE DOMINAR UMA DÔR, EXCEPTO QUEM A SENTE!" William Shakespeare
terça-feira, julho 31, 2007
Chegada!
Depois...
Depois fez de mim o que quis porque as suas mãos não eram rudes e é uma pessoa bonita por dentro e por fora!
Chegou e deu-me tudo o que eu precisava - fez-me feliz!
Porque dá antes de receber, como um Dominador deve ser.
Porque exige depois de ter oferecido, como um Dominante deve ser.
Porque recompensa e castiga se lhe apetecer e for justo, como um Dom deve ser.
Porque acende as luzes todas da casa para me ver os olhos e a alma a boiar neles, sem vergonha.
Beija-me antes, durante e depois - como quem tem uma submissa deve ser - alimentando a auto-estima do seu animal de estimação, passando-lhe a mão no pelo mas sem o deixar morder!
Primeiro disse-me que me tinha escolhido e mostrou ao Mundo que estava feliz comigo!
E eu mostrei ao Mundo que estava feliz por ele e por mim!
Chegou e fez-me sua.
E eu agradeço, rendida!
Despedida!
Maria Bethânia
Album: "Pássaro Proibido"
"Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra eu ser feliz
E passar bem
Quis morrer de ciúme
Quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume,
Obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita
Pode crer
Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo
Bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Tantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua
Venha, sim
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta
Me ver tão feliz"
The Bishop Bondage Test
Just a little more.
Do you think you can move, my pet?
Go ahead, try to struggle.
Try to scream.
I let you go when I'm good and ready
http://bishopbondage.taboocountry.com/form.html
segunda-feira, julho 30, 2007
"Uma mulher estava num bar depois de um dia exaustivo de trabalho, bebericando um cocktail, quando a porta do bar se abre e dá passagem a um homem que ela jamais tinha visto em sua vida; um verdadeiro Deus grego!
Ele era alto, musculoso e lindo. Seus cabelos escuros e olhos verdes fizeram com que ela não pudesse tirar os olhos dele, como se estivesse hipnotizada por aquela figura tão encantadora.
O homem, notando que era objeto de atenção daquela mulher, aproximou-se dela com um sorriso sexy. Envergonhada, ela preparava-se para se desculpar, quando ele chegou mais perto e sussurrou em seu ouvido, fazendo-a tremer com aquela voz macia e profunda: - Farei qualquer coisa, absolutamente qualquer coisa que você queira, qualquer coisa que você tenha fantasiado, por 10 € . Mas com uma condição...
Tremendo, a mulher pergunta qual a condição. O homem diz: - Você terá que me dizer o que quer em três palavras... A mulher fixou o olhar naqueles hipnóticos olhos e aceitando a proposta,pegou dentro de sua bolsa os 10€. Escreveu o endereço de sua casa num guardanapo, embrulhou nele o dinheiro, colocou-o nas mãos do homem e, inclinando-se sobre ele, sussurrou ao seu ouvido as três palavras: - Limpe minha casa."
Odeio anedotas e nem aprecio as curtas sequer, mas este post não foi colocado aqui como anedota mas como algo sério!
A verdade é que cada vez mais as mulheres (e também os homens?) não parecem ter muitas fantasias, como se não houvesse tempo para isso; tal como o conceito de Amor e Amizade - "à moda antiga" - a definição de "fantasia" também parece ter caído em desuso!
Se bem que até aceito como fantasia uma mulher conseguir um homem para lhe limpar a casa, mas não é esse o ponto!
Que é feito das boas velhas fantasias femininas?
Será que a falta de tempo e o "prêt-a..." consumista acabaram também com elaboradas fantasias que deliciavam primeiro a mente e a libido e depois os sentidos, quando consumadas?
Ou, por outro lado, o homem perdeu o seu papel central na divagação fantasiosa?
Penso que é um pouco das duas hipóteses o que acontece hoje em dia...
A exposição do 3º sexo e as muitas alternativas sexuais (trantando-se de fantasias carnais) limitaram um pouco o prazer da fantasia porque hoje tudo parece possível com muito pouco esforço.
Ou seja, se nao é proibido, para quê fantasiar?
terça-feira, julho 24, 2007
24/7 - Dia do BDSM (não-oficial)
terça-feira, julho 17, 2007
Oh To Be In Love
Para quem acha que é imune à estupidez, mesmo que se apaixone...
Para quem sempre teve a sorte de não ver os Amigos a pedir que escolha...
Para quem teve a chance de ver as portas mais abertas pelos verdadeiros Amigos quando a sentiram ir atrás do Amor e fazer idiotices...
Para quem sabe que Amar não implica racionalidade, mas sim sentir mais e mais e mais...
Para quem gostava de se perder nas teias do romantismo idiota e que se baba, mas não consegue...
Para quem acha que está defendido de tudo e há coisas que jamais lhes acontecerão...
Para quem não entende nada de gente nem de sentires...
Aqui vai uma achega clínica para reforçar que é muito bom estar apaixonado e fazer disparates e contar com portas abertas!
O resto... só sentindo as dores de ir ao Céu e voltar!
A equipe da UCL mapeou os cérebros de 20 jovens mães enquanto mostravam a elas fotos de seus filhos, dos amigos de seus filhos e de seus amigos adultos.Segundo os cientistas, os padrões de actividade cerebral eram muito semelhantes aos identificados com um estudo anterior sobre os efeitos do amor romântico.Ambas as pesquisas registraram uma maior actividade no chamado "sistema de gratificação" do cérebro. Quando essas áreas são estimuladas, elas produzem sentimentos de euforia.Segundo o chefe da equipe de cientistas, Andreas Bartels, é fundamental que tanto o amor romântico como o amor maternal funcionem no cérebro de uma maneira altamente positiva, já que ambos são cruciais para a preservação das espécies."As relações humanas empregam um mecanismo atractivo que supera a distância social ao desactivar as redes cerebrais usadas por emoções negativas e preconceitos", disse Bartels. "Esse mecanismo une os indivíduos ao activar o sistema de gratificação, explicando, assim, o poder de motivação do amor."A pesquisa detectou apenas uma diferença entre a resposta do cérebro ao amor romântico e ao amor materno: somente o primeiro aumenta a atividade no hipotálamo, região que controla o desejo sexual.»
SONETOS LUXURIOSOS, de Pietro Aretino
domingo, julho 15, 2007
COLABOREM!
Encontro-me a desenvolver uma investigação científica sobre sexualidade e internet.
O objectivo é perceber porquê e como os homens utilizam a internet para encontrar namoradas/os ou parceiras/os sexuais.
Procuro voluntários do sexo masculino, maiores de 18 anos, de todas as orientações sexuais (hetero, homo e bissexuais) que já tenham utilizado a Internet para procurar namorada/o ou parceiras/os sexuais, pelo menos uma vez.
A participação no estudo implica uma entrevista face-a-face, com duração aproximada de hora e meia, sobre utilização da internet e comportamento sexual. Os dados recolhidos são estritamente confidenciais e, se optar por participar, pode utilizar um nome fictício para se identificar.
Se estiver interessado em colaborar com esta investigação pode contactar-me para o 919 691 213 ou estudo-internet@clix.pt, para que lhe possa fazer algumas perguntas.
Se corresponder ao perfil que estou a procurar, será então marcada uma entrevista a decorrer num consultório localizado em Lisboa.
Obrigado!»
Olhos mais bonitos...
Adormeci a chorar e acordei a chorar, mas com os olhos mais bonitos.
Antes de adormecer mandei sms a dizer o que sentia a quem me faz chorar; não tive resposta, como sempre... Um grande Amigo meu achava-me pessimista até conhecer por dentro a minha vida, in loco, e agora diz "também não tens sorte..." Sim, a Sorte ajuda muito a viver.
Acabei de vir de passear o meu cão: há um grande rectangulo verde aqui no meio dos prédios e habituei-o a não sair do perímetro; mal lhe solto a trela ele corre desalmadamente, como tivesse pressa para chegar e nenhum sítio onde ir, então corre em círculos - primeiro mais largos e depois com o epicentro mais curto... Fiquei a olhar para ele e percebi que acontece o mesmo comigo.
Há anos, num Agosto maldito, em Albufeira, de madrugada, enquanto procurava estacionamento, passei diversas vezes por uma bifurcação; no triangulo central estava um cão a ladrar desesperado - alguém lhe disse "Fica! O Dono vem já!" e o bicho não saía dali - à espera do Dono que não vai voltar jamais. No Verão os cães tornam-se carga a mais e é fácil dar-lhes um pontapé e arrancar com o carro a toda a velocidade. Nunca percebi como se podia fazer isso a um animal que nos é leal e capaz de matar para nos defender...
Até descobrir que há muitas submissas a ladrar em bifurcações todos os Verões.
Até descobrir que a submissa que sou não tem sítio para onde correr, uma vez a trela solta, que não sabe o caminho, depois do carro ter arrancado a e fica ali à espera do Dono que disse que voltava.
Os Dominadores dizem à submissa que a querem, como a querem, ensinam-na a não usar roupa interior, a dizer sempre "Sim, Mestre", a pensar primeiro no seu Senhor e a viver para ele em exclusividade, mas não desensinam como se pára isso, quando o Verão chega... D/s é sobre condicionamento - acção/reacção - receber e dar... Quem está condicionado para dar, para ser levado pela trela, como faz quando já não tem quem indique o caminho? Peço coordenadas para o meu caminho nas minhas sms e sou acusada de "stalker", de "perseguição" - pelo mesmo que antes queria que o seguisse de olhos vendados. Onde está a lógica do BDSM, então? A lealdade não deveria ser recompensada? E a honestidade? E a exclusividade? Já perguntei aqui 500 vezes ---------- como se tira a coleira da alma?
A noite passada, uma amiga dizia ao telefone, cansada "É a segunda vez esta noite que me falam em suicídio, bolas..."
Um cão abandonado suicida-se a atravessar estradas sem cuidado, porque não tem rumo.
Há pessoas sem rumo que só querem adormecer e acordar a sorrir, nem que com os olhos mais feios. Há gente que só quer que os deixem dar, dar-se...
Devo ter os olhos muito bonitos agora!
Se eu aceitasse uma trela neste momento era suicidio porque há muitas maneiras de morrer voluntariamente!
Ando a mirrar por dentro - a secar - a deixar-me ir, porque não tenho ninguém à espera em parte alguma...
Fico a ladrar sms de madrugada e acordo a chorar porque já posso vestir cuecas se me apetecer - e nao me apetece nada, porque me ensinaram a não ter apetites. Como se desaprende a ser de alguém?
Este é o outro lado do BDSM - o das dores e marcas que nao se podem exibir porque são invisiveis. Onde não há justiça nem bom-senso, nem humanidade e onde ninguém devia cair nunca. Onde a dor não é mesurável e se perde a razaão, fica-se insane.
Há anos atrás parti uma perna e estive meses de muletas, perdendo o andar; tive de reaprender a andar e nao sofri tanto como agora, em que sei andar mas nao tenho para onde.
Como se desaprende a ser de alguém?
Como se faz para não sentir?
Como se adormece sem acordar?
Como se tira a coleira da alma?
Sempre acreditei em Dominadores como gente justa, em auto-controle, determinada e forte; sem medo e a acreditar em honra e valores e sentimentos - uma espécie de cavaleiro intrépido da actualidade. Deixei de acreditar nisso - Doms são iguais a submissos, se os subs não forem mais fortes e mais coerentes até...
Só se é Dominador quando se tem algo para dar!
Pegar em chibatas e chicotes e fazer sessões hard SM privadas não faz de ninguém Dominador, mas sim um executante de fetichismos de SM...
A Dominação só acontece quando a submissa quer voltar antes de lhe perguntarem, quer-se dar mais sem ser obrigada, quer ser Dele antes dele mesmo se aperceber... Depois, é só o acto fisico, mas são os olhos quem mandam.
Conselhos práticos para submissos/as:
1) Desconfiem sempre de quem não vos trata pelo nick/nome - quem generaliza as subs como colectivo não lhes dá valor individual
2) Quem repete muitas vezes logo nas primeiras "sessões" que só nos quer usar sem se apaixonar, é alguem inseguro
3) Quem vos Domina/fode de luz apagada demonstra auto-insegurança e medo de se expor
4) Quem muda de nick/nome só para aquela sub, para nao se expor publicamente - tem coisas a esconder, e vergonha da sua sub
5) Quem não vos dá uma prenda de Natal ou falta ao vosso aniversario sem motivo urgente, não merece a V. entrega
6) Quem vos diz que não conseguem competir com subs mais novas está a dizer: "Procuro corpos perfeitos e não almas submissas que torne perfeitas aos meus olhos"
7) Quem vos diz "Só sei formar submissas, não sei dar-lhes reciclagem!" não é Dominador!!!!
Gostava de ter a inocencia dos 20 anos e acreditar nos Doms virtuais quais putos com borbulhas a comprar Lolitas no IRC. Gostava de ter 30 anos e crer que "vale sempre a pena".
Mas nao - tenho 43 anos e não se passa nem uma coisa nem outra.
Hoje devo ter os olhos lindissimos - pena que ninguem veja, que Ele, o que me fez Maior por ele, não queira ver.
Pena que nada seja mais.
Que pena...
quinta-feira, julho 12, 2007
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
PARABÉNS....
"10 July 2007 @ 10:48 am
Warning: Liberal use of the word "fuck" to follow.
It was pointed out to me that I "appear" very ungrateful.
That I'm not properly aware of how lucky I am to have a Master who comes home to me every day.
Followed, of course, by the usual "you're a lackluster slave" and "don't know how your Master puts up with your crap". Because when they are "lucky enough" to be allowed to spend time with their "master", this person not only behaves perfectly and performs perfectly, their master would accept nothing less. Well la-de-da.
Lemme tell you something, you anonymous chicken-shitted bitch. I
've been somewhat where you are. Remember that year and a half of HELL where I only saw Master on the weekends, sometimes with weeks and weeks inbetween trips home? I know exactly how fucking easy it is to sit home day after day and plan for the perfect scene. I know how fucking easy it is to "perform" for a few stolen hours. You sitting on your couch trying NOT to think about what your master is doing at home with the wife and kids and planning your perfect submission?
Fuck off.
This is not a judgment against any of you having affairs with married men. Personally I don't give a shit who y'all are fucking. But I am so sick and fucking tired of having my marriage compared to the once a month hotel meetings, or having my M/s compared to fucking Second Life goddamn avatars. And god forbid I try and point out that daily interactions are *different* than someone's clandestine, sporadic relationship because then I'm just trying to be "better", or trying to lord the fact that we live together over someone who doesn't.Take it for whatever it means to you but I am no longer going to pussyfoot around the fact that we are married, we do live together, we are trying to raise kids and if that means I'm trying to be "better" than you all, what. the. fuck. EVER.
If you don't know the meanings of the words DIFFERENT and BETTER, then buy a fucking dictionary. All the fucking time I hear how I'm judging this person or I'm judging that relationship.. blah-de-blah-fucking-blah. If saying that an affair is DIFFERENT than a marriage is "judging", then call me Judge Kaya and get me a tv show. If saying that Second Life is DIFFERENT than real life is "judging", then someone hand me a fucking gavel.Different is not a judgment. Different is a description.
Imagine being starved. Days without food. Days with nothing but a few sips of water. And then you walk into the finest restaurant in town. The smell of cooking food covers you like a cloud. Aromas and scents and wisps assaulting you from every angle. Surrounding you are tables and tables loaded down with every dish imaginable. People are eating, forkfuls of food disappearing into mouths all around you. Glasses of wine dot the tables like liquid flowers. A waitress walks by holding a plate with a fresh, hot slice of apple pie with a scoop of vanilla ice cream melting on the top. Right under your nose, so close you could stick out your tongue and lick it.But you can't have any of it. Not one lick. Not one sip. Nothing. Now compare that to being a little bit hungry and seeing a McDonald's commercial on the television.
Fucking different, yes?
That's what I've felt every day for the two fucking months that Master's been home. Every day I stare at the empty hooks in the ceiling, stare at the closet full of unused toys, stare at the cunt cupboard collecting cobwebs, stare at HIM and have a running mental movie of what we could be doing right that very second. Every day I suck His cock and imagine Him grabbing my hair and choking me until I puke, face fucking me until my nose bleeds and I pass out... but I just suck it like the good little cocksucker I am, nice and slow and steady, just the way He wants it. I serve Him with a quiet smile, I do my chores and follow my rules. I take off His boots, dry Him after His shower. I do every fucking thing He tells me to do with not an argument, not a groan, not a single "what about me?" The only hint He has that I want, need, something dark and bloody is this fucking journal right here. You think because you can remain "graceful" for a couple of hours in a motel room that you have the right to judge what I write here then I have the right to tell you to go fuck yourself.
Your affair is a far cry different from my reality. And when He does knock me down and beat the fucking hell out of me? I'll perform fucking beautifully. I'll perform exactly as He wants me to. Because He always gets what He wants from me. If your master thinks having a needy, begging, eager masochist at His disposal is "too much work", I might suggest you practice your robot moves. And leave me the fuck alone........
I'm a bitch on a good day. Add in some pms and I'm a fucking cunt. Sometimes it just feels good, fucking good, to not hold it in. Last night He fucked me. He came at me with His cock in His hand, yanked my legs open and tore into my cunt like He owns it. Wrapping my fingers around the bars above my head and giving me strict orders not to move those fucking hands, no matter what, He slapped and swatted at my pre-menstrual, swollen, aching tits, enjoying the sight of me squirming, gripping those fucking bars so tight that my fingers cramped and remained bent even after I was allowed to let go. My quiet gasps and writhing body and defenseless breasts, open for Him to beat on, was finally enough to pull His climax from Him, emptying it into my mouth. That was a taste. That was a fucking stolen lick of the ice cream when the waitress walked by with that tray under my nose.
Am I satisfied? Hell fucking no I ain't satisfied! What am I going to do about it?
Abso-fucking-lutely nothing.
I'm going to post this because it feels good to rant now and then, then I'm going to go outside in the 96 degree heat and humidity, and do that kinky task called mowing the lawn.
Because that's what Master wants me to do.
And *that's* what slavery is about.
Fuckers."
in http://kaya-s.livejournal.com/
Para quem queria saber se elas faziam amor ou não...
Oh, estás envergonhada porque não tens uma fantasia. Não estejas. Eu invento uma para ti. Quero mesmo fazer amor contigo. Tens um corpo muito sensual: muito macio, suave e firme. És o andrógino perfeito de Platão. Não, não é isso: és uma mulher sem falhas. Mas és tão forte. Não tens gorduras em lado nenhum. Quero... quero entrar dentro de ti. deve ser excitante entrar dentro de outra mulher, onde ela está húmida e aberta.
- Está bem, está bem, então tu inventas a história e eu escuto enquanto fazes amor comigo.
E ela lá inventou que éramos dois estudantes de um colégio interno. E desta vez fazíamo-lo no balneário. Excitou-a tanto que fez amor comigo num desvario completo. Mas eu sentia que não íamos ter grande relação. Eu não conseguiria sobreviver às histórias e naõ percebia porque eram sempre com homens.
Ela não passou a noite comigo, embora eu o quisesse. É agradável aconchegarmo-nos a um corpo quente, acordarmos de manhã e darmos um abraço de bons-dias. Mas ela disse que tinha de dormir com a sua velha camisola azul e uma grande almofada debaixo dos joelhos. Não conseguia, de todo, dormir numa cama ao lado de qualquer outra pessoa. Por isso, foi para casa e eu não consegui pregar olho durante toda a noite, a tentar perceber se tinha sido um sonho ou se tinha mesmo acontecido. Não, tinha mesmo acontecido. Na manhã seguinte, quando um pequeno raio de Sol conseguiu penetrar a poluição e chegar ao meu colchão, descobri alguns longos cabelos pretos e uns dois ou três cinzentos. (...)
Velhos Amigos
"Old friends, old friends sat on their parkbench like bookends
A newspaper blowin through the grass
Falls on the round toes of the high shoes of the old friends
Old friends, winter companions, the old men
Lost in their overcoats, waiting for the sun
The sounds of the city sifting through trees
Settles like dust on the shoulders of the old friends
Can you imagine us years from today, sharing a parkbench quietly
How terribly strange to be seventy
Old friends, memory brushes the same years, silently sharing the same fears"
quarta-feira, julho 11, 2007
Porque preciso de BDSM?
Uma praga ou uma daquelas rodas da sorte que só descem, aponta para o Mal e parece que nada de Bom me poderá acontecer tão cedo!
Dizem-me para ter calma e ser positiva. Vou sendo - uma mais que a outra, que sou uma pessoa nervosa por natureza... e realista mais que positiva...
Hoje dei comigo a interrogar-me "porque preciso de BDSM?"
Há meses que não me masturbava a ver um filme de BDSM ou a levar para a cama a pressa de quem tem imagens nos olhos e comichão na ponta dos dedos. Ultimamente voltou a acontecer.
Colecciono de novo filmes de BDSM como quem apanha "beijinhos" na praia aqui em frente. Levo para o meu canto secreto Dominadores e chicotes e costas nuas e palmas das mãos voltadas para cima, com um segredo íntimo de quem vai para um ritual sagrado.
Descobri que preciso de BDSM como quem precisa de sal na comida - de água nas plantas - de lençóis lavados depois do banho... A paz! A velha paz de que tanto preciso que volta a implorar-me que a deixe dormir comigo, vir-se comigo, espreguiçar-se comigo!
Cresce-se melhor na paz!
Tornamo-nos gente mais responsável se por dentro estivermos serenos e saciados, qual boa refeição que nos dá a moleza da siesta. O BDSM dá-me paz - alguém que me diz : "não penses em nada, sente apenas" E eu que me entrego e sou tomada conta como se fosse uma menina levada pela mão a um reino no País das Maravilhas.
É aí que me encontro em mim, dentro de mim e faço uma ascese.
É aí que quero agradar até doer, dar até não ter mais, ser até as veias explodirem...
É aí que me torno no que sei ser melhor - dar e dar-me!
A Miss Libido voltou ao País das Maravilhas.
É pretendida e quer-se entregar.
É voluntária no processo de cobaia que não sabe se tem um Dominador pela frente ou apenas o Coelho Apressado... mas nao desiste, não se vai embora.
Amanhã devia ter uma aventura no BDSM, mas uma alergia grave impediu-me de aceitar - adiei apenas.
Quero muito que aconteça, porque preciso de BDSM "comme il faut", do que faz crescer água na boca e vicia e quer-se sempre mais e mais, sem desistências...
Daquela espécie de sensações que nos faz ter fantasias e as fantasias fazem-nos ter sonhos e os sonhos fazem-nos ser submissas e escravas - mulheres corajosas frente a um pelotão de fuzilamento da carne. Porque aos sentidos ninguém chega - aí somos nós as Dominadoras, é de dentro para dentro - só se vê o sudário das consequências, a mortalha da pele morta; nunca a alma viva e o coração que quer saltar do aquário, como um peixe vermelho, suicída...
Preciso de BDSM como se fosse morrer amanha, que por mim podia ser já hoje.
Mas BDSM é vida - sacode todos os poros e os olhos e os ouvidos e os pelos da nuca e as unhas dos pes, e dá-nos o calor de quem nos quer dar para receber.
Nasci para dar, logo não tenho alternativa!
Dizem os meus amigos mais avisados, para não dar tudo - guardar alguma coisa para mim, para não morrer de vazio depois de acabar "o namoro" de um só Dominador na minha fantasia...
Se eu conseguisse isso, não seria submissa, seria calculista e Dominaria eu.
Não consigo ser assim e entao dou-me em vagas de marés vivas de Setembro, às golfadas, sacões e atropelos, mas no fim acabo na costa, nem que arrastada pela maré.
Sou submissa, uma boa, excelente submissa, nao por vaidade ou imodéstia, não por aguentar e esticar os limites, mas porque dou tudo o que tenho até ao extremo de saciar o Dominador; tenho valor e sou leal e honesta e correcta, porque preciso de dar e alguém para receber - sou submissa!
Já fui muitas coisas no BDSM dependendo de quem me teve pela trela, que não basta ser submissa, há que haver quem indique o caminho a seguir, o que espera da mulher que se dá, o que quer que ela seja. Já não fui outras tantas, mais por falta de competencia do que por vontade minha; sim, porque uma submissa nunca falha sozinha, assim como um Dominador. São uma equipa que depende um do outro, até ao fim...
Preciso de BDSM e não me escondo!
Mas também acho que o que se pratica em Portugal é um soft BDSM de ânimo leve e pé ligeiro, porque esta raça nao tem paciência para educar nem esperar - toda a gente quer tudo e depressa. Ser escrava de alguém demora tempo e entrega mútua e confiança inabalável - tudo o resto é "fogo-de-artifício" a copiar "INSEX" ou "Hogtied"...
Porque preciso de BDSM?
Porque sou gente adulta com os sentidos todos apurados à espera que me levem pela mão ao País das Maravilhas!
domingo, julho 08, 2007
A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste
A noite passada fui passear no mar
a viola irmã cuidou de me arrastar
chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
olhei para baixo dormias lá no fundo
faltou-me o pé senti que me afundava
por entre as algas teu cabelo boiava
a lua cheia escureceu nas águas
e então falámos
e então dissemos
aqui vivemos muitos anos
A noite passada um paredão ruiu
pela fresta aberta o meu peito fugiu
estavas do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti disse baixinho "olá",
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então olhaste
depois sorriste
disseste "ainda bem que voltaste"Sérgio Godinho - "A Noite Passada"
sábado, julho 07, 2007
All your stupid ideals
Que se vá a dor de ver partir o ultimo veleiro
que leva os sonhos nas velas enfunadas,
que a chuva não lava, mas só molha com as lágrimas!
Que desapareça o tempo dos risos,
das casas de pedra nos vales e dos voos rasos do super-homem
nos meus olhos,
que caia a noite de uma vez só como se fossem os meus sonhos!
Que eu morra hoje antes de acordar
sorriso nos lábios, olhos fechados de bebe...
Que eu fique cega, surda e muda e nao sofra mais
porque não é este o destino de quem é...
Sou tudo o que os outros me chamam
sou tudo o que os outros me olham
sou tudo o que nao digo
sou tudo o que nao vejo
sou tudo o que perdi
e tudo o que nao perdi
sou gente e sou escrava e submissa e mulher
sou alma e sangue e lágrimas.
Dou-me em ondas de volupia e suspiros abafados,
espremo-me em látegos brandidos por raiva ou amor
mas a verdade é que toda eu sou feita de dor.
A dor de quem dá o que tem e nao recebe,
a dor de quem quer e nao tem,
a dor de quem gosta e nao pode
a dor de quem foi e já nao é.
Que passe depressa o momento...
Que alguma coisa ou alguem ou uma ideia de Deus
me arranque do peito o pranto e a saudade
porque eu sou menina perdida na flor da idade.
Ser o que sou e nada mais.
Para quem souber ser maior e dar-se
Ou para quem sabe que o Amor nunca é demais...
ML
quinta-feira, julho 05, 2007
quarta-feira, julho 04, 2007
Ser Dom
Como todos sabem sou, e com muito orgulho, um Dom. E fico irado e triste quando me apercebo que há quem assim se denomine mas que no fundo só é Dom de nome.
Ser Dom é acima de tudo ser responsável. Responsável por si, pelos seus actos e, sobretudo, responsável pela sua sub ou a sua escrava. E, ser responsável neste caso, é só respeitar a sub ou a escrava, enquanto pessoas que são: que sentem, que sofrem, que amam.
Não há, no meu entender, melhor presente para um Dom do que aquele de ver e sentir a sua sub ou a sua escrava feliz. E elas pedem tão pouco! Se houver lealdade e honestidade já ficam felizes.
Todos sabemos o que exigimos das Nossas subs ou escravas. Elas a nós dão tudo. Porque não dar-lhes, pelo menos de vez em quando, carinho. Eu dou. E, fiquem sabendo, que não me sinto menos Dom por isso.
Um abraço para todos. "
Tenho um Amigo que se está a perder!
Um grande Amigo que merecia o céu e escolheu o Inferno pelo seu próprio pé...
Fiz tudo o que podia fazer para lhe dar a mão e não o abandonar, mas ele insiste em não ver que o espelho só tem um lado.
O meu Amigo tem-me magoado, viciado que está em defender-se, nao distinguindo amigos de inimigos; por vezes também o magoei a tentar ajudá-lo; mas ele não deixa.
Não é um Amigo de há 20 anos, mas sinto-o como tal e sofro por saber que ele vai sofrer - escolhas erradas, pessoas erradas... que já se passou comigo também.
Há alturas em que só se pode caminhar em frente e julgo que chegou esse momento para ele.
Vai esbarrar numa parede de miríades, de falsas imagens, de coisas fúteis que não enchem a alma...
Já pensei se ele terá alma... ou nao.
Mas já o vi chorar, deve ter.
Lembra-me O Princepezinho ou um D.Quixote contemporaneo com tempo para perder.
A vida não espera e não há Tempo a perder - mas ele não sabe isso.
Preenche os dias sem nexo a pensar que ganha Tempo - que grande ilusão...
Tenho saudades do meu Amigo e de o ver feliz; sei que vai ser infeliz sempre; terá momentos de algum extase em nome de uma qualquer palermice a que se vai dar pela metade, mas será apenas isso...
Os moínhos e as casas de pedra no vale jamais serão dele!
Sonhei os mesmos sonhos que ele e chorei as mesmas lágrimas que ele.
Não me arrependo.
Mas agora o meu Amigo vai viver outros momentos sem mim e deixa-me triste, porque faziamos uma excelente equipa.
Espero que nao chegue ao Inferno e fique pelo Purgatório, onde já estive várias vezes para o tirar de lá.
O meu Amigo foi das coisas mais bonitas que me aconteceram: ensinei-o a caminhar e desatou a correr, vai tropeçar e cair e eu não farei o curativo.
Boa sorte para o meu Amigo que se está a perder.
O melhor para quem me fez sonhar - sempre!
Abraço apertado e comovido e a alma negra de dor.
segunda-feira, julho 02, 2007
Se...
domingo, julho 01, 2007
" O prazer não é coisa natural"
- O prazer não é coisa natural.
Tinhas percebido. Devias ter dito o erotismo, as grandes paixões dos grandes amantes. Mas tanto faz. Tinhas percebido. Natural é a reprodução, e esse prazer que a acompanha, generoso, suficiente para a maioria das pessoas. Mas a sexualidade requintada, o prazer concebido como arte, a loucura dos sentidos, a adoração do encantamento, da sedução, isso é fruto do aperfeiçoamento, da altura do voo de alguns seres. (...)"
Não será aos pés da cama - sou submissa e nunca dormi aos pés da cama...
Mas já dormi com correntes a limitar-me os movimentos - um toque na pele nua, no Verão, que me fazia arrepiar os cabelos da nuca... uma boa sensação.
Há pouco fiz chá, porque não tinha quem mo fizesse.
Comi bolachas, poucas, que ando sem apetite.
Embriaguei-me de TV para gente sem ideias.
Falei ao telefone com amigos que se preocupam.
Não vi ninguém conhecido, porque quis estar sozinha.
Agora vou tentar dormir.
Sem correntes e sem ser aos pés da calma.
Também nao ouvi música todo o dia.
Reinou o silêncio.
Sou uma submissa escrava do silêncio.
Lá fora chove, parece fim de Outubro, parece que o Verão está solidário com a minha tristeza.
Li uma frase que decorei: "Na vida e no amor não há atalhos."
Hoje precisava de ordens, de quem tem para dar e ninguém para receber...
Precisava de obedecer e do brilho nos olhos de quem se se quer dar, e do brilho nos olhos de quem recebe.
Hoje precisava de estar alegre.
Este silêncio que me amordaça o peito como uma gag.
Este BDSM que não acontece só nas sessões, que passa além do físico e se exerce na mente.
As tais coleiras na alma, o tal amor desencontrado, que não é por habituação...
Vou tentar dormir com o silêncio, masturbar-me nas suas ordens, roçar-me no seu pranto que hoje nao consegui soltar; vou-me vir em ondas de impotência porque é a melhor coisa a fazer.
Vou tentar esquecer que não tenho ordens e que preciso.
Que estive em silêncio e tenho coisas para dizer.
Que preciso de chorar e estou seca...
Lá fora chove e está lua cheia.
Ouço o mar a entrar-me pela janela - como o Al Berto.
Quem me dera dormir como se fosse Domme...
Soltar a escrava para a mão de quem precisa de receber.
Talvez até dormir aos pés da cama...
No Reino do BDSM...
"- Hoje dormes aos pés da cama.
- Não, meu Senhor!
Sabes que te é proibida a palavra «não»; mas se há coisa que nunca foste, é burra, e sabes também que certas palavras proibidas, ditas num certo tom de voz, não costumam merecer castigo.
- Meu Senhor, não te servi bem hoje? Deixa-me dormir contigo. Continuar a servir-te... E meneias as ancas num gesto quase inconsciente. Eu, indulgente, sorrio: - E vais continuar a servir-me, não tenhas medo. Mas depois dormes aos pés da cama. Nada a fazer, concluis. Suspiras ostensivamente, fazes cara de amuo e começas a preparar a tua esteira.
Muitas mulheres atiram com as coisas quando estão zangadas, mas tu não: de cada vez que esboças um gesto mais brusco olhas para mim disfarçadamente, para ver como eu reajo. Eu finjo que não reparo, e isto põe-te ainda mais zangada. A esteira é de espuma de borracha e não tem mais que dois centímetros de espessura. Vais buscá-la ao armário, juntamente com um tapete que lá está justamente para estas ocasiões. Revestes a esteira com um lençol muito bem esticado, estende-la em cima do tapete, pões outro lençol por cima e um cobertor, porque és friorenta. Ao pôr o cobertor marcas mais os gestos e olhas para mim com um olhar de censura, como que a dizer-me «vês, vou ter frio por tua causa.»
Não demoraste muito. Dizes-me, num tom de voz que tenta ser brusco sem conseguir:- Pronto, já está. Agora, sim, mereces castigo. Saio do quarto em direcção à sala e ordeno:- Traz-me os charutos. E um whisky. Ouço-te arquejar atrás de mim como se te sentisses ultrajada com a ordem que te dei. Mas quando me sento no sofá e olho para ti vejo que tens a boca entreaberta, os lábios húmidos, as pálpebras pesadas, e que um rubor te cobre o rosto, o pescoço e os seios. Ultrajada não estás, como eu bem sabia. E a tua voz é meiga quando me respondes:- Sim, meu Senhor. Peste...
Serves-me o whisky de joelhos. Acendes-me um charuto. Vejo as tuas bochechas metidas para dentro quando o chupas com força, para acender bem. Enquanto eu fumo, bebo e leio tu vais-me beijando, e afagando com os seios, as partes do meu corpo onde as tuas carícias não me estorvam: os pés, os joelhos, as coxas.O whisky demora um quarto de hora a beber, o charuto quase uma hora a fumar. Só então pouso o livro. Só então ousas erguer-te um pouco para me beijares o sexo e chupares os mamilos. Eu, aos teus, aperto-tos com força. Gemes; e arquejas com muito mais sinceridade do que há bocado.
Quando te mando ir buscar a vergasta, obedeces sem uma hesitação, sem um protesto.Castigo-te pela secura daquele «pronto já está.» O castigo custa-te a aguentar. Dizes pela milésima vez, mais para ti própria do que para mim, que odeias a vergasta. Depois, na cama, enquanto eu te possuo e tu me serves, nenhum dos dois se consegue impedir de pensar que não vamos dormir nos braços um do outro. Talvez seja por isso que nos abraçamos com mais força. De manhã acordo com o meu pénis na tua boca. É o que tens ordem de fazer todas as manhãs, mas muitas vezes não fazes porque gostas mais de ficar a dormir.Arrumas de novo o tapete, a esteira, os lençóis.
Quando a empregada chegar não pode ver onde dormiste. Fantasio um pouco: deixávamos as coisas onde estão, a empregada via, toda a gente ficava a saber, nós assumíamos...Cruzo o olhar com o teu; e vejo que estás a fantasiar o mesmo."
in http://www.omarkhayyam.blogspot.com/
por Vanderdecken - Junho 2007
"(...) A nossa amizade só deveria durar quatro meses. Eu insisti em
prolongá-la para lá do quatro de Julho, mas em vão. Contribuí para a minha
própria perda. O futuro parece-me ainda mais triste que o presente. A minha
juventude decorre sem amor e sem glória. Um dia lamentarei... A recordação do tempo passado não me provoca alegria. Não fui amado. A minha felicidade não passou de um sonho sem corpo nem existência. Queria ter possuído para poder perder. Infelizmente, nada perdi! (...)""Diário" - August Von Platen
in "Homens-Livro do Erotismo"
Editorial Perseu / 2002