sexta-feira, abril 28, 2006

Escravas mãos...

Sem cor.
As grilhetas não têm cor.
Nem a alma. A coleira. Elas...
Sem cor.
Planar não tem destino.
Dar e receber - tem de ser.
Sem cor.
A masmorra é transparente.
A dor é recente.
Infinito o odor.
Sem cor.
Escravas mãos.
Pele cinzenta, escura, incolor.
Olhos brancos - sem nome,
sem vida,
sem dor,
a total ausencia de cor.
Amor!

ML

2 comentários:

Anónimo disse...

... "sem dor, a total ausência de cor"...
Lindo...
Na verdade, pode ser negro, ou cor de sangue, mas sem cor não queremos que seja...

Anónimo disse...

Gosto muito como energeticamente escreves...mas desta vez...especialmente porque terminas com uma palavra que me diz imenso...e que raramente a vejo tao bem empregue...

***