Delicioso, doce, terno e onde me lambuzei como criança no recreio, com o mel a escorrer pelo canto da boca...
Comprido, cansativo mas daquele cansaço que faz bem, que obriga a dormir pesado e a afastar os corvos e abutres para as sombras de onde nunca deviam ter saído...
Risonho, do meu riso de novo infantil, de olhos verdes brilhantes e de gostar de me ver ao espelho...
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Os gostares!
Quem me gosta.
A família.
Os Amigos.
A família que muitas vezes são os Amigos, que se misturam e ainda bem!
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O "moche" a acordar os Amigos ainda deitados, um ano depois de casados, a lembrar "Os Amigos de Alex" sem que o Alex tenha precisado de se suicidar, porque era um filme. Alegria e parabéns e "surpresa!" - os nós e os laços que não são do BDSM - e onde os gritos não são de dor. As dádivas que perduram... Amizade que não muda de cama.
Vinhais * Março 2011
Dias tão diferentes neste fim-de-semana especial para mim.
Viagem e chegada e beber em tragos o que vejo em frente e o que já nao vejo com brilho nos olhos, agora constante. Quem me leva e traz e não me deixa só, porque não se abandona quem se gosta.
Quem me gosta e não me deixa cair.
A Amiga que panica porque eu não atendia o telefone quase às quatro da tarde e eu não falto aos compromissos. Querida Amiga...
O Amigo que está sempre presente e me avisa que tenho ramelas nos olhos, envergonhando-me publicamente com suave indelizadeza, e eu agradeço que tome conta de mim.
E o outro e o outro e a outra e a outra e os outros todos que hão-de vir - que nunca me disseram "a minha família és tu", mas matam-me a sede e calçam-me os pés na caminhada.
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E os anónimos sem rosto, mas que me tocam na alma também - que ajudam todos os dias; que, devagar, ganham nome e rosto através de mensagens e telefones e letras e sons. Que se identificam e não se assustam e ficam e entendem e têm histórias iguais e sentimentos iguais e desfechos semelhantes. E geram-se carinhos... empatias e vidas cruzadas. Quem não gosta e não precisa de uma festa no rosto?
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Quem me gosta e quem eu gosto. Às vezes demais. Às vezes para sempre.
Quem me gosta e quem eu gosto... Muito.
E a quem homenageio como sei e posso - como não sei rezar, mostro o meu olhar! E estendo as mãos... Dou abraços! Silêncios...