Arrumar sentimentos
"Porque me apetecia ter literalmente umas caixas, onde arrumar pessoas. Arrumar atitudes.
Arrumar sentimentos.
Arrumar e pronto.
Ficarem ali sossegados até ao dia em que eu os soubesse gerir.
Talvez um dia eu voltasse para ir buscar o que hoje guardava... Ou não.
Arrumar sentimentos.
Arrumar e pronto.
Ficarem ali sossegados até ao dia em que eu os soubesse gerir.
Talvez um dia eu voltasse para ir buscar o que hoje guardava... Ou não.
Não precisamos de estar fechados num qualquer lugar distante para nos sentirmos isolados do mundo. Podemos sentir-nos assim mesmo rodeados de gente.
E de barulho. E de coisas. E de tudo.
E de barulho. E de coisas. E de tudo.
Podemos até estar cheios da nossa própria confusão diária, não ter tempo sequer para dormir! Podemos ter os amigos por perto,preencher os nossos dias com todos os compromissos que conseguirmos...Só para ocupar tempo. Para nos escusarmos a ver o que queremos esconder.
Para disfarçarmos de nós próprios o que nos falta.
Mas, no fim de um dia atribulado, aquilo que se nos ocorre é o vazio...E não é por estarmos sós.
Para disfarçarmos de nós próprios o que nos falta.
Mas, no fim de um dia atribulado, aquilo que se nos ocorre é o vazio...E não é por estarmos sós.
Onde fica o limite da nossa sanidade? Onde fica o limiar da insanidade? Quando, contra tudo e contra todos, continuamos a acreditar em algo dentro de nós.
Quando continuamos, principalmente contra nós próprios, a acreditar naquilo que o coração nos diz. A ir contra a nossa própria razão, quando parte de nós, e o resto do mundo, acha que estamos à beira da loucura.
Acreditamos em quê? Confiamos em quem? No limiar da (in)sanidade, fazemos o quê?"
Quando continuamos, principalmente contra nós próprios, a acreditar naquilo que o coração nos diz. A ir contra a nossa própria razão, quando parte de nós, e o resto do mundo, acha que estamos à beira da loucura.
Acreditamos em quê? Confiamos em quem? No limiar da (in)sanidade, fazemos o quê?"
por myroses / Fetlife
04/08/2013
(entre inúmeros comentários de resposta....)
"Os sentimentos não se arrumam. Reciclam-se e pomos etiquetas diferentes consoante as fases e conjunturas do nosso percurso, da nossa Vida.
Os sentimentos são selvagens e indomáveis - se fossem "Domináveis" ninguém gostaria ou acreditaria na pessoa errada, mesmo quando nos avisam e alertam. Os sentimentos são irracionais e com vida própria. Como alguns os mascaram consoante as circunstâncias e os rotulam ora A ora B - ao sabor da corrente é o processo mais habitual num acto mais consequente.
Amei muitas pessoas que me fizeram muito mal e decerto magoei algumas também. A diferença é se a intenção no uso dos sentimentos é maldosa ou não ou/e se carece de fundamento...
Digo sem pejo que nunca consegui odiar ninguém e não me parece que chegue a acontecer. As pessoas são só pessoas e apenas fazemos o possível - tentar! Tentar isto, aquilo e o outro - com Amigos, amiguinhos, Família, conhecidos ou estranhos. Vamos todos tentando...
Não acredito em arrumar sentimentos. Acredito em dar-lhes o valor que tiveram enquanto sabemos que fomos crentes e cheios de dádivas; uma dicotomia sempre presente.
Amei muitas pessoas que me fizeram muito mal e decerto magoei algumas também. A diferença é se a intenção no uso dos sentimentos é maldosa ou não ou/e se carece de fundamento...
Digo sem pejo que nunca consegui odiar ninguém e não me parece que chegue a acontecer. As pessoas são só pessoas e apenas fazemos o possível - tentar! Tentar isto, aquilo e o outro - com Amigos, amiguinhos, Família, conhecidos ou estranhos. Vamos todos tentando...
Não acredito em arrumar sentimentos. Acredito em dar-lhes o valor que tiveram enquanto sabemos que fomos crentes e cheios de dádivas; uma dicotomia sempre presente.
Um Amigo meu, quando me separei de um Dono que me fez mais mal que bem, disse-me :" - Não vou tomar partidos; quando vocês resolveram juntar-se, não me perguntaram. Não me perguntem agora também!" Gostei e achei que tinha razão. É como a História Universal - tirada de contexto fundamenta-se em teorias após a recolha de artefactos, mas de facto - saber se foi assim - ninguém conseguirá saber. O mesmo se passa nas relações.
Nos sentimentos.
Nos sentimentos.
A memória está na ponta dos dedos.
E "Só não choram os que morrem!" (in Retrato de Ricardina"
E "Só não choram os que morrem!" (in Retrato de Ricardina"
PS: Escusado dizer que, quando se escreve na primeira pessoa, automaticamente manifestamos a NOSSA opinião. Jamais haverá conclusões ou consenso nesta matéria....
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