terça-feira, julho 09, 2013

Os factos, de fato!

Barbie & Ken fazendo amor (sic)



De facto...
Que eu não aderi ao Acordo Ortográfico, nem a qualquer tipo de Acordo.
Isto é, não é bem assim... Por acaso até acho tinha um Acordo de Cavalheiros com alguém que me é especial, mas, talvez por não ser assinado a sangue e chibatadas, nem a sémen ou suor, não seguiu os trâmites normais e, acho, foi indeferido sem pré-aviso. Ou não, que nunca entendi os homens e cada vez menos. 
De facto...
Afastei-me das montras da moda por um mês e descobri que há sempre Alternativa onde menos se espera, isto é - mais do mesmo já enjoa e demagogia sobeja no quotidiano do País para ainda termos de levar com ela nas vitrinas de algum do BDSM nacional.
De facto...
Tem estado muito calor e adoro! Arreganha-me os poros e os sentidos e acabei de ler Pierre Choderlos de Laclos em 1783, que reza assim no livro "Da Educação das Mulheres"

"Onde existe escravatura, não pode haver educação: em todas as sociedades as mulheres são escravas; portanto, a mulher social não é susceptível de educação".
E invoca com fervor 
"A mulher natural, ser livre e poderoso"

De facto...
Risível! Hoje a mulher é escrava dela própria, enleada numa teia de quereres e poderes que nunca imaginou ter e na qual se perde a tentar ser... única? Oh engano, oh decepção... A mulher actual, social, é um negativo de tudo que adorava no Homem de outrora, com a agravante da vingança.
De facto...
A vingança de séculos de ficar na sombra, de ser considerada ser inferior e de não ter estatuto. A vingança por não poder foder como os homens, sem lei nem grei, sem rei nem roque; de não poder amar quem o coração ou a falta de razão escolhesse e ser vendida em leilão de dote ou do sal precioso que antecedeu o Capitalismo.
De facto...
Os homens. Homens perdidos e, reza a canção e com razão, "temporariamente sós, e que cabeças no ar!"
Homens e homenzinhos e homenzarrões e com letra minúscula e maiúscula. Homens à deriva numa casca de noz onde se sentam a meditar, como a Maria no altar, fumando um cigarro...
De facto...
O calor que adoro. O Verão castrador. As mulheres sem rumo. Os homens sem praia. As canções. Palavras e letras e pontuação. Ideias e idiotas.
De facto...
O sexo! Nada mais a dizer sobre o sexo excepto que é a moeda de troca mais banalizada desde que todos nos tornamos independentes e rebeldes sem causas. Homens e mulheres-objecto iludidos por espelhos e egos desmesurados. "Vai quem já nada teme - vai o homem do leme!" Mas não vai, porque a rebentação da Foz do Douro é agreste e atira para terra.
De facto...
Os factos são os factos!



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