Nunca consegui perceber para que serve a vida...
E as memórias... Porque flutuam elas entre o olhar e o tacto, presas entre os dias? São como velhas molas de colchão, onde o prazer se deitou e demorou, onde a morte descansou da vida; são o suporte de ficções e a foz das ilusões - e não são nada afinal!
As memórias... Um trapo a cheirar mal, que de vez em quando lavamos e pomos a secar numa pressa, para que as cores não desbotem... os cheiros de então! O que ficou para trás, aquela ténue frincha do vidro estilhaçado por onde o vento se atreve a espreitar... e onde as teias de aranha se aninham numa cópula do Futuro.
Vive-se aninhado no nicho dos dias... e o sexo rasteja impune na palma da mão!
ML
1 comentário:
o amor nao é impune , é errante como tu e a palma das mãos por vezes fica humida e suada, ansiosa ou aspera
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