Ela a dizer não,
com o silêncio a pingar dos olhos
e as pérolas a dançar no pescoço...
Ela a dizer não,
a pedir perdão
a sentir a humilhação
com o rosto baixo, rente ao chão.
Ela a dizer não,
a rasgar-se toda por dentro
atada, dominada, sufocada
e não, não, não!
A mulher, a puta, a cadela,
a fêmea que não se quer dar
e não pode fugir, só rastejar...
A dizer "não" se perdeu...
na confissão se encontrou.
Tocada tremeu, impávida chorou,
silenciosamente morta no que confiança foi
e agora é só temor,
do que foi total entrega,
em nome de um tal Amor!
ML
Porto, 11/04/2005
Sem comentários:
Enviar um comentário