Dói!
Dói muito e arde na alma porque o espaço ficou lá cheio de imagens e de sentires e de sentimentos... A saudade queima e deixa marca e o gelo não a apaga, nem o secar as lágrimas, nem o fechar os olhos para tentar dormir...
Dói!
Tanto que chega a ser insuportável, infinito porque não há medida para o encaixar num padrão. Fotografias e coisas com cheiro foi o que ficou de palpável, o que não se vê é que não tem lugar onde ser pousado; o coração é agora a moldura.
Dói!
Um latejar de infinito agradecimento pela descoberta de novo sentir e do partilhar do seu sentir, do dar nome a novas maneiras de estar no Mundo dos vivos. Um perpétuo redemoinho de fronteiras pela frente, que agora acabou...
Dói!
Saber que o "que foi não volta a ser!"... Que amar não chega para não perder! Que o Tempo nunca vai apagar o que recebi... porque o mar vai e vem, mas nunca se dá, nunca se entrega. Assim é o Tempo!
Dói!
A ferida ficará sempre e uma ternura imensa pelo que tantas vezes me salvou de ficar só! Assim é a vida. Quem chega e parte ajuda, e nunca voltaremos a ser os mesmos...
Um afago nos olhos mais ternos que não voltarei a ver, pela saudade que deixa e o Bem que fez! Um adeus que não o é!
29 de Abril de 2005
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