Depois do suor
sem lágrimas
sem nada mais do que o que devia ser,
ficava ali
aninhada numa Pietá de olhos rasos
a agradecer em súplica calada.
De baixo para cima
mostrava eu, a mulher que fora Sua, Dele,
o que mais ninguém veria cá fora
no exterior do mundo dessa Verdade maior
sem nome!
Um vulcão que explodira entes
revelando sensações de fino corte
numa entrega/dádiva com rótulo sem necessidade.
Tudo o que é vem ao de cima
e o que não se mostra é cobarde
na certeza de não conseguir.
Evolução...
Um Dono é-o nos olhos!
E baixos ficaram os meus,
púdicos por me desnudarem perante Ele,
temerosos de não serem livres como sempre foram...
Amantes de um momento de revelação
que não voltará jamais!
A Eternidade!
Aninhada numa Pietá de olhos rasos,
cheios de tudo...
ML
5 comentários:
Diria alguém que cada um é para o que nasce. Eu discordo, qal advogado do diabo, mas sou forçado, por vezes a concluir que existe destino. Prefiro pensar que não, que posso, podemos escolher. Que as coisas são sobretudo como queremos que elas sejam. Talvez seja assim por sentir duma forma diversa, por estar no campo oposto. Julgo adivinhar em tudo o que leio de ti, uma busca quase frenética. Não de amor mas de atenção. Mas sei que se paga sempre um preço e que mesmo na maior das dávidas acaba sempre por aparecer um qualque tipo de cobrança. A O da história que citaste, grande Corinne de 75, aprendeu a entregar-se sema amar e sem ser amada. Seria ela a escrava perfeita? Talvez. Mais uma vez prefiro o elogio da diferença. Quanto ao resto, prefiro pensar que algures, por aí, há uma O que aguarda ser descoberta.
Porque podemos sempre escolher é que somos o que somos
E no entanto há quem se recuse a escolher, nao é verdade? Quem se limite a aceitar o que acontece, que tente apenas tirar o melhor partido possível das pessoas e das coisas. Acredita.
Mas também isso é uma escolha
A maravilha da individualidade é a opção de escolha em qualquer situação!
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