sexta-feira, julho 08, 2005

Bolinho da Sorte!

Por vezes ainda dou comigo espantada, ao virar as esquinas da vida! Tenta-se sempre fazer a coisa certa, viciamo-nos em tentativas e, às vezes, o óbvio esteve sempre lá! Difícil talvez não seja fazer a coisa certa, mas muitas vezes, o correcto é deixarmo-nos ir, nem que pareça um atalho perigoso!
No BDSM isso acontece todos os dias - desvios nem sempre apelativos, estradas pouco frequentadas, pessoas com nada para dar...
Nem sempre é fácil manter a sanidade!
Difícil mesmo é ser como se é - fora da normalização!

Há uns meses, num bar que tenta imitar um antro turco com pseudo-dança do ventre, foi posto na mesa, à luz de velas baratas de cera vermelha, um cestinho com bolinhos da sorte... Uma simpatia da dona da casa, à moda islâmica...
Arrogante e decidido, o meu dizia: Não procure ser coerente o tempo todo. Ser coerente é ser obrigado a ter amanhã as mesmas opiniões que tinha hoje. E o movimento do Mundo - onde fica? Mude de opinião de vez em quando e caia em contradição sem se envergonhar disso. Descubra a alegria de ser uma surpresa para si mesmo. "Deus escolheu as coisas loucas do Mundo para envergonhar os sábios!"

2 comentários:

Anónimo disse...

Ser coerente e simples! Basta saber explicar a diferença...

Mau e que a "coereência" seja uma forma de fuga

Anónimo disse...

Para uma pessoa especial, que é uma certeza e uma esperança no meu mar de duvidas.


A incerteza



Há momentos na nossa vida,
Em que paramos de acreditar,
E todas as nossas certezas,
Parecem esfumar-se no ar.
Questionamo-nos sobre tudo,
Estando nós próprios incluídos,
Se assistirmos passivamente,
Veremos sonhos a serem destruídos.
Quem somos e o que queremos,
São as dúvidas mais triviais,
Mas por vezes nem para estas,
Encontramos respostas cabais.
Com a anarquia instalada,
Limitamo-nos a respirar,
Esperando que no dia seguinte,
As coisas possam melhorar.
No meio de tantas incógnitas,
Descobrimos alguma esperança,
Que nos ameniza o espirito,
E nos dá alguma confiança.
Devemos viver o dia a dia,
Sem ligarmos à frivolidade,
Conviver-mos uns com os outros,
E apreciarmos a Liberdade.


Rafael, 11/07/2005.